sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Investir na educação, de cabeça pra baixo


A educação brasileira, que em outros contextos históricos era muito mais precária, hoje apresenta avanços significativos. Porém, apesar dos investimentos em infra estrutura, material didático e inovações tecnológicas, os dados de aprendizagem obtidos através de avaliações como o ENEM, por exemplo, apontam resultados que não condizem com os esforços governamentais e os investimentos feitos na área.
O processo educacional do Brasil iniciou-se em 1549. Os jesuítas, chefiados pelo Padre Manoel de Nóbrega, por ordem do Rei Dom João III realizaram um sistema de catequisação dos indios daquela época. Rejeitados, foram expulsos em 1759 passando a ser instituído o ensino laico e público e os conteúdos que baseiam-se nas Cartas Régias. É a partir de 1930, no início era Vargas, que surgem as reformas mais importantes.
Nos dias atuais, o ensino ofertado em nossas escolas públicas não tem conseguido dar conta dos aspectos mais básicos e primordiais de aprendizagem. É comum ouvir de professores queixas do tipo: as crianças de hoje não lêem, decodificam. Ou seja, o aluno não está mais aprendendo a ler e a escrever. Está chegando ao final da Educação Básica com deficiência séria nessa área.
O governo diz estar investindo em educação. Investem no Prouni garantindo universidade para todos. Investem em cursos técnicos para que mais jovens ingressem no mercado de trabalho. Porém, algo paira no ar; onde está o real investimento na Educação Básica? Metafóricamente, de nada adianta investirem em recuperar uma árvore se suas raizes estão fracas. Essa árvore até floresce mas na primeria tempestade ela cai. O mesmo ocorre na educação. O governo quer fortalecer o estudante que já está em um grau de instrução relativamente alto sem se preocupar com a sua formação inicial.
Hoje, é possivel encontrar em universidades jovens que mal sabem escrever. Como teremos bons profissionais se eles não são bem preparados desde o início escolar?
O Brasil precisa de uma Revolução na educação Básica. Tudo deve ser modificado, para garantir uma melhor formação para os estudantes desde cedo. Somente assim, terá verdadeiros profissionais evolucionistas nesta sociedade tão carente de disciplina e organização.

Boa sorte a quem for fazer PUC.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

ENEM - 30 milhões jogados ao lixo


Aos jovens vestibulandos e aos que inscreveram-se no ENEM deste ano, eu desejo os meus parabéns. Vocês possuem um pleno saco sem fundo para aguentar as irresponsabilidades do Governo Brasileiro.
O ENEM (exame nacional do ensino médio) teve sua primeira edição em 1998, onde seu principal objetivo era obter uma avaliação do ensino público e particular do Brasil. Após 11 anos de realização, o MEC (ministério da educação) decidiu por sua vez, transformar a prova num vestibular unificado; método inspirado no sistema norte americano. Com essa ideia, o ENEM de uma prova de avaliação, tem como ideia tornar-se o maior processo seletivo do país.
Com mudanças muito rápidas e muito mal organizadas, era de se supor que o Governo Brasileiro iria fazer alguma cagada. Na tarde de quarta-feira, 30 de setembro, 3 dias antes da realização da prova, o jornal ESTADÃO foi procurado por um homem que disse, ao telefone, ter as duas provas que seriam aplicadas no sábado e no domingo. Propôs entregá-las à reportagem em troca de R$500.000,00.
A noticia chegou aos ouvidos do MEC que decidiu cancelar a prova, postergando-a em até 45 dias. E agora? Vamos jogar uma bomba em Brasília? Assim acabamos com tudo que tem de ruím no Brasil. Mas podemos ser presos e indiciados, condenados mais tarde, é mais aconselhavel que não.
Como não possuímos recursos para jogar bombas, o que resta é aguardar. As instruções dos professores é de manter a motivação e pensar que agora você tem, pelo menos, mais 45 dias para estudar.

Isso se até lá, o MEC não resolver adiar mais um pouquinho, só pra ter certeza de que pimenta no c* dos outros, é refresco e não pomada.

Descansem em paz. :)